Ide e Pregai o Evangelho...

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

FAZENDO MISSÕES NA BAHIA!


" A VITÓRIA É NOSSA PELO SANGUE DE JESUS"!

É a marca registrada e o brado de vitória da igreja onde nasci em Cristo, a Assembléia de Deus na Ilha do Governador - RJ. Daí, ter nomeado o ministério que o Senhor Jesus me entregou de

" VITORIOSOS PELO SANGUE", no afã de ministrar a Palavra de Deus com o intuito de que todos os que a ouvirem sejam de fato vitoriosos pelo Sangue de Jesus!

Em vinte e um anos servindo ao Senhor Jesus, buscando com afinco realizar a obra do Mestre, sejam nas comunidades carentes da Ilha do Governador - RJ, ou no sertão nordestino, hoje eu e minha família nos encontramos em uma pequena cidade do recôncavo baiano, chamada Catu.

Estamos desenvolvendo um projeto de ensino teológico que visa sedimentar a liderança vigente, bem como fundamentar coma Palavra os futuros líderes da Igreja de Cristo nesse lugar. A E.P.O.L, Escola Preparatória de Obreiros e Líderes, nasceu na Assembléia de Deus em Catu, Bahia, para plasmar em seus líderes e candidatos a líderes o Conhecimento e a Graça de Deus. O Conhecimento com ensino sistemático e aprofundado por meio de ministrações, aulas, debates, e pesquisas realizadas por seus alunos; e a Graça, por meio do derramar do Espírito Santo, marcante em nossas aulas. Na aula de Paracletologia Jesus batizou cinco irmãos com o Espírito Santo e reascendeu vários outros!

Viajando pela Bahia, em cidades e povoados, além das várias congregações e igrejas dessa cidade, estamos vendo a Palavra de Deus cair nos corações e por ela, contemplando o grande mover do Espírito de Deus com curas, batismo no ES e muitas decisões por Cristo.

Eu e minha família, aqui, estamos servindo ao Senhor com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E vendo o Senhor todos os dias acrescentando à Igreja aqueles que se haviam de salvar.

Não temos salário de Igreja, se você deseja nos ajudar nesse ministério missionário, então ore por nós afim de que todos os nossos adversários sejam neutralizados em o nome de Jesus! E também oferte em meu ministério:
BRADESCO
Agência: 3036-8
Conta poupança: 1009532-8
E você estará semeando em boa terra!

Missões em Moçambique - África




VIAGEM À CIDADE DE BEIRA,
NA PROVÍNCIA DE SOFALA,
MOÇAMBIQUE, ÁFRICA.

Visita ao campo missionário: levantamento de dados do plantio da Igreja e acompanhamento de atividades das missionárias Nina Accioli e Lucimar Barros; no período de 11 a 22 de agosto de 2005.




VISÃO PANORÂMICA DA CIDADE DE BEIRA

ASPECTOS SOCIAIS:

As famílias moçambicanas estão destruídas! O “casamento” parece durar em média quatro anos. A poligamia não só faz parte da cultura do povo, como é permitida pelo governo. O homem quando desposa a sua mulher, paga um dote (“lobolo”) à família dela e, por isso, quando ele não quer mais a mulher, então a devolve, mesmo tendo filhos com ela. Ainda, os homens têm o direito de espancar as suas mulheres e muitas gostam de apanhar, pois assim se sentem amadas. As mulheres se “casam” com cerca de 12 anos de idade e ficando descasadas se entregam à prostituição. Os filhos sem pai, ou sem mãe, não só por causa dos divórcios, pois muitos morrem também por doenças terríveis, crescem sem base familiar e acabam transferindo tais coisas para as gerações seguintes. Isso ocorre em todas as classes sociais. Sem estrutura familiar não há sociedade!
Doenças terríveis matam milhares. Em épocas de enchentes, principalmente, o cólera mata milhares através da água e dos alimentos. A febre tifóide idem. Também a leptospirose. Entretanto, as maiores desgraças são a AIDS, a malária e a anemia (fome). A prostituição e a poligamia são agentes da AIDS, e também as lâminas não esterilizadas usadas pelos curandeiros (feitiçaria) para cortar as pessoas em suas práticas, espalham o HIV por todo o país. A malária está em todo o país e faz milhares de vítimas todo ano: esgoto a céu aberto, muita água parada, ajudam na proliferação do mosquito. E parece que não há campanhas de prevenção feitas pelo Governo. Uma enfermeira e missionária, brasileira, (enviada pela AD Campo Limpo, SP) explicou que a malária atinge principalmente o fígado, e quem sofre de anemia por causa da fome e da miséria não resiste e morre na terceira malária. Então, a fome e a malária matam muitos moçambicanos. Os hospitais são péssimos e na maioria dos casos não há internação, até os doentes mais graves recebem o “remédio” e são dispensados.
A dificuldade na alimentação: as frutas, legumes e hortaliças devem ser lavadas com água sanitária; a água deve ser fervida e filtrada (quem pode só bebe água mineral que é importada da África do Sul). Corre-se o risco de comprar frutas oriundas de cemitérios. A maioria da população de Beira se alimenta de uma massa de milho com peixe seco (salgado) e bebe água de poço.
ASPECTOS POLÍTICOS:

O Governo nada faz pelo povo. Não dão remédios para a malária, não dão para o HIV; até os remédios que chegam por ajuda internacional são vendidos à população. O aluno de escola pública paga para poder fazer prova (avaliação). O jovem aos dezoito é obrigado a se alistar no exército, onde é enviado para cidades distantes, por dois anos. Se ele não se apresentar ao serviço militar perde todos sos seus direitos de cidadania, inclusive emprego. Pode-se também fazer um acordo, que o jovem pague 350.000,00 mt até atingir a idade de 35 anos – é uma exploração cruel. Quando morre alguém, o governo remove o defunto para uma “geladeira” do próprio governo, onde fica cerca de quatro dias, para o atestado de óbito ser entregue à família – muita burocracia. Há liberdade religiosa, porém o governo endossa e estimula a idolatria e o curandeirismo (feitiçaria ou consulta aos ancestrais), chamando os curandeiros de “médicos tradicionais”. Aconselham a população que consultem os curandeiros, e isso ocorre em todos as classes sociais.

ASPECTOS ECONÔMICOS:

A economia do país é de agricultura de subsistência, basicamente milho e feijão. Alguns grupos muçulmanos exportam fibras do sisal e algodão. Há quem sobrevive da extração de ouro. O comércio é quase todo dominado pelos muçulmanos oriundos do sul da Índia. Existem alguns comerciantes da China, também. Há quem diga que os chineses são presos condenados que são enviados das penitenciárias lotadas da China para viverem em Moçambique. No país não existem fábricas, não há indústria. Tudo é importado ou vem de ajuda internacional. Por não terem acesso aos estudos há muito tempo, não há tecnologia e por isso não têm nenhum desenvolvimento.

ASPECTOS RELIGIOSOS:

A herança deixada pelos portugueses é a idolatria, ou seja, o Catolicismo nominal; que mesclado às práticas de feitiçaria (curandeirismo) formam a chamada Tradição. Muitos pais de jovens crentes evangélicos tentam desestimulá-los com castigos como dormir ao relento na volta dos cultos, porque a Igreja combate os costumes da Tradição. Isto é, as poucas Igrejas sérias que ensinam toda a verdade. A maioria das igrejas “evangélicas” moçambicanas (e até missões brasileiras) permite que seus membros sejam polígamos e que consultem os curandeiros para aumentarem o número de seus fiéis. São as igrejas da “porta larga”. A IURD também está fazendo um grande mal a Moçambique com as suas práticas confusas. Afora os mórmos e as testemunhas de Jeová. Também há erros nossos, pois muitos ministérios estão abandonando os seus missionários no campo sem sustento (irresponsabilidade missionária)!
No interior do país, no mato, animais como as serpentes são usadas para matar outros pelo feitiço: o espírito mal possui o animal e vai picar a pessoa para quem o mal foi encomendado.
Os indianos muçulmanos dominam a cidade de Beira, praticamente todo o comércio, tendo como seus empregados a qualquer preço os negros moçambicanos. O islamismo é imposto a esses empregados, várias mesquitas estão sendo construídas e a cultura africana começa a dar lugar à cultura islâmica. Mansões e carrões são vistos na degradada cidade, contrastando com a sua miséria. Os muçulmanos tentaram eleger um presidente muçulmano nas últimas eleições. Se conseguirem tal coisa, torna-se perigoso o país se transformar em um país fechado ao Evangelho, fechando Igrejas e extraditando os missionários!


















OREMOS POR MOÇAMBIQUE!

ESBOÇO DE MENSAGEM.


“COMO NOS DIAS DE LÓ” - Lc 17. 28-36

“Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló, assim será ...”

Introdução: Jesus, falando do tempo de Seu retorno, diz que o mundo de então estaria parecido com as cidades de Sodoma e de Gomorra.
Estas cidades não são lendas: “suas ruínas estão submergidas sob as águas do mar Morto, ao sul da península de Lisam”. Quem declara isso é o historiador Flávio Josefo. Ainda, em 1924 houve uma expedição americana liderada pelos doutores Albrigh e Kyle na região de Medeba, onde encontraram um mapa de mosaicos em uma igreja grega, do séc. V, que confirmam tal fato.

AS CARACTERÍSTICAS DAS CIDADES DE SODOMA E DE GOMORA:

1) Gn 18. 20: “o clamor” fala de violência, sofrimento, inquietação do povo...
“o pecado se tem agravado”: a paciência de Deus chegando ao limite...

2) Gn19.4: “desde o moço até o velho; todo o povo...” Isto fala sobre o pecado generalizado daquela sociedade. Era cultural, algo bem normal.

3) Gn 19. 5: “os conheçamos”, todos tinham o hábito do homossexualismo! Eles queriam estuprar os anjos na rua mesmo!

4) Gn 19. 9: eram violentos. Não havia lei que os controlassem. E polícia, o que era crime...

5) Gn 19. 14: “seus genros”, noivos de suas filhas o viam como um palhaço, como um zombador, um brincalhão... Riram dele quando os avisou sobre o juízo de Deus!

6) Gn 19. 16: “demorava-se”, ela estava contaminada com o “modus vivendi” daquela sociedade, tinha se contaminado bastante. Tanto que quis voltar para lá – Gn 19. 26.

7) Gn 19. 8: o pior foi que até o justo Ló chamou aquela gente de “meus irmãos” e ofereceu as suas filhas virgens para que fossem estupradas na rua, no lugar dos anjos. Isto denuncia a sua perda de autoridade espiritual e seu alto grau de mistura social.

8) Gn 19. 27-29: Deus é bom, mas não é idiota para que zombem dEle! O juízo veio = fogo!

AS CARACTERÍSTICAS DAS CIDADES DO MUNDO DE HOJE:

1) Violência, fome, mortes, inquietação... É o retrato do mundo de hoje. E isto é em todo o mundo globalizado. O pecado hoje tb se tem agravado! A Paciência de Deus tb está chegando no limite.

2) Os canais midiáticos e a globalização fazem todas as pessoas pensarem igualmente: TV, Internet, músicas (rock, funck...), esoterismo (reencarnação). Por exemplo, as novelas da Globo estão destruindo os hábitos de Moçambique, África!

3) Hoje, no Brasil, estamos prestes a viver a ditadura do homossexualismo: a homofobia! Lembre-se das passeatas gays...

4) Vivemos em um mundo com alto grau de violência, e sem lei. O filme “tropa de elite” denuncia a desgraça que vivemos no Rio.

5) Nossos parentes, nossos vizinhos, a sociedade mundial nos vê como palhaços. Nossa pregação de santidade, de obediência à Bíblia, e da volta de Cristo são motivos de zombaria da Ciência, inclusive. Nossa pregação é desprezada.

6) Há muita gente parecida com a mulher de Ló nas igrejas evangélicas mundo a fora. Crentes contaminados com a cultura de pecado de suas sociedades; “mais amantes dos deleites que amigos de Deus”. Cristãos misturados, sem a pureza e a santidade exigidas pela Palavra de Deus.

7) Até os justos podem estar envolvidos, sem forças para se oporem ao sistema. Faltam profetas!

8) O arrebatamento será o próximo grande juízo de Deus para este mundo! Ló será tirado e o resto será destruído... entregue nas mãos do anticristo!

Conclusão: Pecadores devem se converter enquanto há tempo.
Crentes contaminados devem se santificar enquanto há tempo – Ap 22. 11.
Pastores, pregadores, líderes, devem pregar a verdade sobre o juízo de Deus que está chegando, e denunciar ao povo os seus pecados. Precisa-se de profetas!

Amém!
Pr Alessandro Cassiano.

Definições e Conceitos do Termo “Religião”.



Resenha do texto de Carlo Prandi: “As Religiões: problemas de definição e de classificação”.

Definições e Conceitos do Termo “Religião”.
Segundo o filósofo e teólogo alemão F. Schleiermacher, a palavra “religião” não possui suficiência semântica para “dar conta da complexidade e da multiplicidade dos seus conteúdos, que foram historicamente se realizando nas diversas civilizações do globo”. Uma vez que o Cristianismo é uma dentre várias religiões no mundo, e há outras até mais antigas que ela, o filósofo alemão faz um apelo para que os seus contemporâneos abordassem as religiões respeitando a riqueza inerente a cada uma delas.
Os termos “religião” e “religioso”, de origem latina, é de tradição cultural ocidental, e são desconhecidos das culturas antigas, extra-européias. Normalmente, nessas culturas indoasiáticas, o que seria para nós “religião” é comumente expressa como “caminho”, ou como “lei divina”, ou como “regra material e moral do mundo”, ou ainda “virtude, doutrina verdadeira, justiça”.
A idéia de religião que hoje temos (mundo ocidental) foi construída ao longo do tempo, pelo cristianismo. No mundo latino pré-cristão, o termo “religio” indicava um comportamento caracterizado pela rigidez, pela precisão, pela execução de ritos e normas da religião romana. E, por não ter sido universalmente compartilhado, pode ser reutilizado após Constantino. Lactâncio (o “Cícero cristão”, séc III-IV d.C.) ideologicamente afirma que o termo “religio” vem de “religare”, que expressava a união a Deus, a relação entre a criatura e o Criador. Tal idéia foi capaz de exprimir tanto o conceito de transcendência segundo o pensamento cristão, quanto à natureza da relação de fé instaurada pelo cristianismo entre o nível humano e o nível divino. Agostinho sugere uma interpretação de “religio” como “reescolhido”, como passagem da negligência para com Deus a uma relação reconstruída com Ele. Daí, a idéia de que “religio” significa uma relação de submissão e amor entre o homem e Deus. Depois, São Tomás aprofunda a idéia afirmando que tanto faz que religião derive de uma freqüente reescolha ou que derive de religar/ unir, ou seja, religio a reelegendo a religando.
A partir da crítica iluminista, buscou-se entender o papel funcional da religião na sociedade. Muitos estudiosos atentaram para a hipótese de prever, ou desejar, a saída da religião da cena das sociedades modernas. Destaque para Marx, Freud e Nietzhe. Muito antes disso, Lucrécio (séc. I a.C.) afirmava que “a religião está destinada a extinguir-se, com a aquisição de uma mais ampla racionalidade e consciência”.
Para Voltaire, a religião deveria ensinar apenas a adoração a Deus, bem como a justiça, a tolerância e a humanidade, propondo assim uma definição de religião e também a sua funcionalidade. Esse aspecto funcional da religião será central na crítica religiosa pós-iluminista. Já Henri de Sant-Simon acusou o catolicismo e o protestantismo de heresia por terem visado a riqueza e o poder, pois para ele a função do cristianismo é “trabalhar pela melhoria da vida moral e física das classes mais pobres”.
Para Marx e Freud, a religião nasce de um “estado patológico da condição humana”. A religião é o sintoma e o falso remédio da sociedade doente, e que ela deixaria de existir quando forem removidas tais patologias.
O etnólogo inglês E. B. Tylor viu no animismo, na crença em seres sobrenaturais, a forma mais simples de religião, o início de todas as religiões. Em um contexto de pensamento darwiniano, o cristianismo, para ele, seria a mais evoluída das religiões (visão europocêntrica).
A discussão entre definições substantivas (o que é) e definições funcionais (para que) continua, agora com a idéia de que a religião é uma concepção do mundo que desenvolve um papel específico, sem que necessariamente seja indicada a presença de uma entidade meta-histórica. Entretanto, Durkheim faz distinção entre o que é sagrado e a magia, ao afirmar que não existe uma “Igreja Mágica”; não conseguindo na prática tal distinção, pois faz referência a forças e a seres sobrenaturais, sobre-humanos, extra-empíricos. Já Marcel Mauss, oferece as seguintes definições sobe religião:
· Religião stricto sensu – presença da noção do sagrado; obrigações determinadas, como no caso dos fenômenos jurídicos;
· Religião latu sensu – compreende principalmente a magia, a adivinharão e as superstições populares.
Marx Weber definirá religião sob o aspecto funcional mais que substantivo, fazendo uma leitura onde não importa tanto a referência à divindade, e sim que as ações religiosas e mágicas visem a melhorar a qualidade de vida. Daí, seus estudos sobre a influência do protestantismo no capitalismo e a influência das doutrinas hinduístas e budistas na economia da sociedade indiana.
Ernst Troeltsch recorre a uma definição de tipo essencialista / substantiva, devido à sua formação teológica. Para ele, toda religião só pode ser lida como o lugar dos “fenômenos concretos”, e por isso o conceito de religião deve conter “ao mesmo tempo o princípio normativo e a necessidade da sua gradual realização”. Ele evoca o antigo étimo “religio” a “religando” e coloca o cristianismo como o “vértice de todas as religiões” e até a “exclusão da possibilidade de ser superada”.
Joaquim Wach, em 1944, escreve que “religião é a experiência do sagrado”. Ele exalta a importância da análise antropológica e a inter-relação funcional entre a religião e as demais dimensões culturais da vida em sociedade.
Nas últimas décadas, nos EUA, as teorias sobre a religião se definiram em 3 grupos, a saber:
1. A teoria do chamado – segue a perspectiva funcionalista em detrimento da perspectiva substantiva, e afirma que os homens recorrem à religião em busca de consolo;
2. Os simbolistas: para eles a religião considera apenas a sociedade humana, e é um fator de ordem e coesão social;
3. Teorias cognitivas: a religião de um lado interpreta e explica o mundo, e do outro lado visa controlá-lo e influenciá-lo.
Para Peter Berger, teórico americano, a religião é “um empreendimento humano, pois ela se manifesta como fenômeno empírico”. Ainda, que “a religião é uma obra humana através da qual é construído um cosmo sagrado”. Tais definições parecem trazer certo equilíbrio entre o momento essencialista e o aspecto funcional do fenômeno religioso.
Outro sociólogo americano, J. Milton Yinger, com uma concepção estritamente funcionalista, afirma que a função da religião é oferecer os conteúdos, os lugares e os tempos para dar respostas aos problemas do mal, do sofrimento e da hostilidade. “A religião explica aquilo que de outra maneira não seria explicável”, afirma.
O antropólogo inglês, Robin Horton, propõe que existe uma continuidade entre a ciência e a religião, e que ambas entram na vida social com o objetivo de compensar aquelas carências cotidianas de explicação, descrevendo os fenômenos cotidianos como manifestações de uma realidade oculta e subjacente.
O sociólogo Niklas Luhmann rejeita a imagem funcionalista tradicional da religião como fator de integração social. Para ele a religião é um “médium comunicativo” que permite a passagem da “complexidade indeterminada para a complexidade determinada”.
Entendemos que compreender e definir o fenômeno “religião” apenas de forma substantiva ou somente funcional é algo totalmente insuficiente. Porque o que a religião é, nos conduz à reflexão sobre o que as várias religiões no mundo têm de similaridades (como o sacrifício mencionado por Girard; ou as regras e ritos oriundos de “religo”), porém, também nos faz entender que o gradiente “religião” é bem mais complexo do que se pode definir. E que o que a religião faz, nos põe para pensar nas negativas e positivas transformações sociais observadas por Marx e Freud, ou por Weber. Então, devemos tentar encontrar em cada fenômeno religioso a sua contribuição para a sociedade de hoje.
Disse Jesus: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (cf. Ev. São João, capítulo 4, versículo 24). Deus procura adoradores e não apenas religiosos.